domingo, 24 de fevereiro de 2013

Brasil sem violência? Va’ ver “The Gatekeepers” !




por Nelmara Arbex


Continuando  a conversa sobre temas difíceis, sobre o  Brasil que queremos.

Domingo frio em Amsterdam. 1:15 da tarde. Fui ao cinema ver um filme/documentário cujo trailer na TV me deixou inquieta. O prédio do cinema e’ novo e lindo (The Eye). O cinema lota com idosos e jovens. Sorte que comprei o ingresso de manhã, não imaginava... 200 pessoas ocupam todas as cadeiras deste cinema a esta hora para assistir “The Gatekeepers”.

Saí do cinema meio bamba, meio sem fala. E chego `a conclusão de que este filme pode ser o filme mais importante do século. Falo sério!

Nele são entrevistados os últimos 6 chefes de segurança do estado de Israel.  Estes são os caras que não são “bonzinhos”, nem “pacifistas”, nem estão pensando "num mundo melhor".  Estes são os caras que – junto com o exercito de Israel (o mais bem armado do planeta) - mantém o jogo rolando. 

O "jogo" e’ manter 4 milhões de palestinos sob controle por 50 anos (eles eram 1 milhão na década de 60 quando tudo isto começou) e por 50 mais pois não ha' outro plano. Isto deve ser feito sem dar-lhes nenhuma esperança de futuro ou de melhorias. Isto e’ feito usando, entre outros artificios, a mais avançada tecnologia para localizar indivíduos perigosos e matá-los cirurgicamente, “via satélite”. Você pode ver tudo isto no filme.

As conclusões destes caras são profundas, simples e impressionantes. Valem para todo cidadão do planeta. E valem muito para quem quer uma sociedade sem violência, tolerante, e que vai ter que achar um jeito pacifico de conviver e dividir os recursos entre todos. 

Podem as atuais guerras e violência – urbanas,  rurais ou de estado - gerar paz?

A resposta destes senhores e’: Não!

Somente a criação de  “confiança mutua por longo período gera paz, e isto não se cria com armas”.

Não perca! O filme e a oportunidade de reflexão que ele oferece para nos brasileiros e o futuro que queremos.

Se você pensa que o futuro deve ser igualitário, desarmado e pacifico, como eu, vamos ter que lidar com a pergunta:  Como vamos conseguir isto? Quem trabalha por isto neste momento? 

Que bom que o cinema estava LOTADO!

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