por Nelmara Arbex
Acabo de sair inspirada de uma curta reunião com Kumi Naidoo, o novo presidente do Greenpeace Internacional. A conversa abordou, entre outros temas, a necessidade de que a solução das crises - financeira, ambiental, social, de modelo de desenvolvimento - sejam pensadas de forma integrada.
Voltamos à famosa ideia de que “A natureza do modelo de desenvolvimento tem que ser mudada” e “não se resolvem velhos problemas com a mesma forma de pensar que criou os problemas”. E falamos sobre a importância de que tabus como o consumo contínuo, as profundas desigualdades sociais e a indústria de conflitos armados sejam colocados sobre a mesa e tratados seriamente. Também falamos sobre os principais temas da agenda do Greenpeace para os próximos anos: mudanças climáticas, proteção dos oceanos, agricultura sustentável e substâncias tóxicas (para saber mais consulte o site da organização aqui).
Conheci Kumi numa viagem que fiz à África do Sul em 2001. Ele era parte do CIVICUS e eu do Ethos, estávamos numa conferência de organizações da sociedade civil de lá. Depois nos reencontramos no conselho da GRI, quando CIVICUS já era uma bela rede internacional e Kumi já estava esparramado sobre uma respeitável rede de organizações, como o World Economic Forum, Clinton Fundation, Global Call to Action against Poverty (GCAP) entre outras , e agora como principal executivo do Greenpeace.
Olhando para Kumi falar sentado naquele sofá na cozinha do Greenpeace, diante dos meus olhos a conhecida e potente organização de ambientalistas se transforma numa fenomenal e inovadora criação humana, combinando inestimável conhecimento e mobilização ambientalista com este ser profundamente ligado às questões sociais mais apimentadas do planeta, como as do continente africano. “Uau! É disso mesmo que precisamos!”, pensei.
Dê uma olhada no vídeo aqui.
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